Eu jurava que todos estavam ali, ao alcance da minha vista,
mas quando dei por mim, as hipóteses, os argumentos e minhas certezas se
adonaram de si e sumiram. Ficou em mim uma certa vergonha por ter andado
invasiva e sonhadora ao pensar assuntos.
Na minha conversalhada eu lembro bem de não ter perguntado
nada, que me veio tudo de pronto, com as afirmativas se alinhando ao meu
pensamento então sóbrio, tenso e incluso.
Muitos dos eventos foram se acumulando no decorrer do período
sem que eu pudesse detê-los, talvez porque eu mesma não o quisesse ou porque me
sentisse curiosa e animada. Dar um destino ao que me passa pela frente sem que
eu peça. A sutileza aparente do celerado demonstra que não preciso procurar
para acontecer.
E me vem à memória encontros estranhos, declarações
suspeitas, intenções não declaradas. Mas o que mais me entorta a mente é a
fuga. A saída da intenção do não ocorrido, a fala suspensa, o olhar que entrega
a alma.
A animação não cessa mesmo depois de eu haver desistido. O
silêncio se instala, a presença se evapora e a saudade persiste.
Os
novos caminhos advém, sem culpa ou vergonha de existir, simplesmente.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
domingo, 3 de abril de 2011
Fuga
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