sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O oitavo nó


Acabei colocando meu futuro trançado em oito nós, delicadamente confeccionado por mãos que sabem o que fazem. Com um colorido esmaecido como se já nascesse antigo, a tal profecia circunda meu tornozelo direito. Claro. Não vou arriscar nada esquerdista ao prenunciar o futuro, que tão diligentemente encordoei pensando em privilegiar todos os meus desejos, minhas metas e, quiçá, meu destino.

Das profecias que a mim mesma dirigi, só lembro a primeira e a oitava mas sei que cada amarração tem destino certo e faz parte do que quero ser ou fazer. A primeira – saúde - me surgiu prontamente à mente na hora dos votos, este bravo motor que não trabalha estragado e do qual depende toda e qualquer jornada. Realmente foi uma sutura de fazer inveja, onde os pedidos que vagavam pela mente agora se encontram enodados até se romperem os enlaçados ou se cumprir o citado.

Acho que o que importa mesmo é o inicio da caminhada que demonstra qual a fé que será professada para dar boa conta de tudo, um por um. A condição de estarem todos juntos é o que faz a minha mente escapar e buscar novas idéias, assuntos e apelos.

A conquista é que me faz arremeter na busca do que ainda não sei, não vi ou não percebi. Ladeada por muitos afazeres vou acariciando cada nó que me amarrou ao futuro, como a força do arco-íris que me leva à frente como um empuxo de vida.

O oitavo nó me veio do momento: amor, laço final e frágil com desamarro imediato, se for o caso.

Coisa boa.

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