domingo, 2 de maio de 2010

Por pouco


Nos limiares da alegria e tristeza, por pouco, caímos nas velhas ciladas. Armadilhas que de tão conhecidas por nós estão dilapidadas, mas nunca o suficiente pois aparecem mascaradas de novas. A cabeça na vanguarda dos acontecimentos está alhures, elucubrando sonhos e fantasias a galope.

Disparada geral.

E sem muito cálculo arribamos ao encontro da arapuca abrindo a porteira para a fraude, nossa velha conhecida, disfarçada em sentimentos amáveis.

Até parece.

Nossa consciência, enfim, nos dá o chamado de alerta urgente.

Analise o que está vindo, seja prudente e não entorne o caldo, agora que já aprendeste a degustar.

E então começa a caminhada de volta. Adrenalina sob controle, riso contido, é hora de voltarmos a passagem e discorrermos entre nós. Conversas profícuas estas em que enredamos nós mesmos frente a frente. A discussão vai para um lado e outro, em que cada parte de nossa alma defende o que mais lhe apraz. E talvez o mais belo não seja bom. É apenas uma conhecida vivência de ilusões, promessas, aprisionamento e ansiedade.

Um pote repleto de fantasia e tentação tendo a afeição como recheio irrecusável. Então, uma parte de nós quer andar por ali e a outra quer retroceder.

A nossa dualidade de sentimentos é o que nos movimenta e traz o frescor de decisões acertadas, mesmo no afogadilho das paixões.

Esta foi por pouco!!!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Verinha :

Verdade, nossa dualidade de
sentimentos é que nos movimenta
e nos faz viver.
adorei

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