domingo, 21 de março de 2010

O 5s da vida



O programa 5s é famoso no meio empresarial, mas acho até que anda meio cafona. Pelo menos parece, porque é dado como certo que todos temos que ter hoje em dia um senso comum de total organização e se não for assim o descarte é garantido. Carta fora do baralho.

Ando aplicando estas regrinhas de ouro, que remexem todas as entranhas. De mim para mim e do resto. Do restolho.

Sigo pensando em tudo o que não presta mais e ainda está aqui por perto. Um amor, um objeto, um amigo, uma situação. Todos empoleirados na minha aura, se amontoando na minha volta e pesando a lombar. Parei e decidi o que é inútil. Joguei fora com vontade porque este caminho liberado irá trazer novas e boas coisas.

Ordenei com veemência meus pensamentos e lancei um mantra na cachola que vai liquidando com os ditos inúteis, estéreis e infelizes. Nada de miolo mole, vagando aforismos para lá e cá. Focada, me apresento.

Expurguei as fantasias que sei, estavam fadadas ao fracasso. Limpa, sem peso morto, vou discernir melhor minhas opções. Mente cristalina, enxergando o fundo me conduz ao meu melhor.

Alimento meu corpo assim como minha mente. Só com ingredientes que me darão força para correr. Sigo em harmonia ensaiando passos de dança enquanto a vida toda flui.

Organizar e liberar, um segredo.

4 comentários:

mariah disse...

Querida Vera, é isso aí, jogar fora "aquilo e aqueles" que não fazem mais parte de nossa rota...
Me deleitei com mais essa crônica!

Anônimo disse...

Muito bom Pensadora Vera,sempre a nossa volta temos lixos a descartar, sejam coisas ou pessoas, abaixo os de baixo astral, as sangue-sugas, as ratazanas, cada um no seu quadrado. Fazendo um gancho com o comentário da Mariah, cada um na sua rota, mas de preferência que a rota deles seja bem distante da nossa !!!

Abraço,

Reinaldo Gabardo

djalma de souza disse...

Caso seja necessário é preciso colocar fora os hábitos, que nos coloca em repetição a erros e acertos, que para o bem ou para o mal nos deixa reservados às novidades.

Anônimo disse...

O homem On.
Bom de ler.
Abraço

RICARDO FAILACE

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