Esta crônica foi inspirada na foto que a ilustra. O autor da imagem é o fotógrafo Djalma de Souza Correia. Nossa pretensão é utilizar um “vice-versa” criativo. Ele me manda a foto e eu escrevo, eu mando o texto e ele ilustra, com seu trabalho maravilhoso de fotógrafo.
Começamos pela foto....
Andar a toa, dizem, faz bem para a alma que flutua, um pouco cambaleante de prazer, ao sentir a atmosfera se enroscando pelo corpo físico.
O nosso olhar se transforma em grandes caleidoscópios na busca de cada detalhe do caminho. No zigue-zague, palmas dos pés e pensamentos se unem para viajar na realidade. Muitas das nossas passadas não deixam marcas, mas nos surpreenderíamos se as pudéssemos ver.
Se houvesse o registro da turbulência da mente marcando o chão, teríamos imagens com exatidão emocional.
Em preto e branco os pensamentos funestos, nas passadas embaralhadas a lembrança da agonia. Passinhos fortuitos e alegres acompanham como um raio, a lembrança do melhor. Macios, adentrando o chão, a mente envolvida em perspectivas carinhosas ou de pura ilusão amorosa.
E a passada se desenvolve cada vez mais complexa formando a teia da nossa vida.
Deixada para trás.
Um comentário:
Lindo escrito com a alma aberta... Parabéns!
claudia
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