domingo, 13 de julho de 2008

Foi ele





Eu tenho certeza que foi ele quem me arrancou dali, daquele estado de ameba, de morta, de sem nada, do sem sentir. Ilusão que te inunda nos princípios de alguém te ver, simplesmente.

Isto acontece sem permissão, sem aguardar. E de qualquer forma aquele alô, aquela chamada te tira do marasmo. Assim mesmo, sem querer nem saber, te puxando a fórceps para a vida.

As emoções sempre transcendem o normal da gente e aí tudo vira loucura, imaginação e festa. E aquele papo virtual te desperta da masmorra da vida te lançando como uma piorra multicolorida ensandecida que vai girando e batendo em todos cantos do teu ser! E só pára na tonteira da dança desvairada.

Foi ele sim que me arremessou no ar, à fantasia, ao desespero e ao medo. Medo de andar e de tudo. Medo de perder o que já nem se tem que é mais comum do que possa parecer para incautas sonhadoras como eu.

Fica tudo no sonho e nunca mais quero acordar para ver que não é verdade.

Mas, eu sei, eu sei que foi ele quem me tirou da prisão dos sentidos para me arremessar no infinito das emoções.

Agradeço a ele e à Deus por ainda ter energia para delirar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Vera, amei demais tua forma de escrever, podes viver disso, com certeza, tens poesia na alma e na pena ( leia-se teclas do computador). Apenas me preocupei com a melancolia numa alma tão jovem... Mas é linda em teus textos, é comovente, mexe com a gente.
Sucesso, quero ler mais!!! bjs da amiga malena

Anônimo disse...

Ah! Amei ler e custou-me pôr em dúvida o que escreevo como crônica. Eu escrevo tudo muito compridoooo. Ainda
vou aprender a escrever como tu.
Beijos.
Maria Rosa

Papelaria em dois tempos

  Não sei quem me encontrou primeiro, se aquela papelaria antiga ou eu, que ando gastando a sola do sapato atrás de quinquilharias que lembr...