De volta ao esqueleto com milhões de partículas de toda a
espécie que se uniram cantareiras e voltaram a envolver meus ossos. Na evolução
dos sentidos comecei a pressentir a quentura dos nervos e a musculatura
aderindo à minha ossada descarnada. Veias se inchando com sangue quente que
recomeça a navegação por entre elas que de tão secas tomam um susto. Mas
rápidas se alegram e se refazem, talvez um pouco mal humoradas. Afinal, este
corpo estava descansando e lá vem esta tal de vida movimentar o que estava quase
morto.
A gritaria entre os átomos é ensurdecedora com meus
pensamentos zunindo de um lado a outro, um pouco desprovidos de senso, uma vez
que agora procuram acomodar-se nessa carcaça.
Tonta com a potência da história a me empurrar barranca
acima, sem dó, meu esqueleto agora revestido de gente decide assumir o que vier.
A renovação deveria ser
sempre assim, ruidosa e galopante, sem meias- medidas, anunciando ao mundo que
a caveira agora tem dono.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
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sábado, 22 de maio de 2010
Esqueleto
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