Eu não entendi direito porque
soava aos meus ouvidos com tanta insistência aquele palavrório intempestivo e
que feria meus ouvidos, acredito por mal compreender ou simplesmente por
entender o desentendimento do pensamento que se jogou sobre mim como se eu
estivesse surda para o mundo, para o descalabro e mais ainda, como se eu não
soubesse diferenciar o que se coloca incompreensível.
Resolvi que dali eu me
evadiria com passos firmes porta afora mesmo que em dias de hoje minha passada
possa facilmente titubear, mas, acreditei que eu teria a força da indignação a
me apressar correndo para o meu lugar de sempre e mergulhando nos mil
alfarrábios que me cercam. Não pense que fui buscar sinônimos para aquele
destempero verbal contumaz. Fui em busca de alguma compostura e aceitação
arredando a fala que não pertence a mim ouvir.
Fui me acomodar frente ao meu
melhor amigo, o Mar, que sempre me recebe bem, mesmo que esteja tão ou mais
agitado do que eu. Descartei tudo o que poderia me influenciar para minha
própria defesa e com este intuito iniciei a minha fala, esta sim com todos os
efes e erres acomodados sob o teto do verossímil, este nobre senhor que não me
deixa nunca em maus lençóis mesmo que eu escorregue frequentemente para
histórias inventadas.
Ao assentar frente ao gigante
da natureza que jamais descansa comecei uma conversa extensa porque ele
vociferava muito e eu necessitava que ele me ouvisse. Em seguida eu aprendi
como utilizar a força de um acontecimento para apagar seu resultado e assim eu,
como ele, levantei minha onda de desagrado e a joguei em frente apagando os
percalços com maestria sem deixar rastro.

Nenhum comentário:
Postar um comentário