Levantei a cabeça com
dificuldade naquele dia pois a caminhada no escuro exauria minhas forças, minha
visão e meu raciocínio causando este estado de estupor frente ao que se passava
à minha frente, ao lado e atrás. Nem sei direito se era real a sensação de nó
na garganta, de teia em redemoinho de corda forte ou se era a conjunção difícil
que o Universo emanava para todos os lados quase que sem critério me atingindo
em cheio pelo visto.
Sentei na beira do caminho
desolada quando percebi que a bagagem que eu carregava estava pesando
demasiadamente e me pus a pensar o que poderia ser interessante descartar para
que eu tivesse inciativa e coragem de me evadir daquele lugar que de uma hora
para outra se tornou inóspito e desconhecido para mim. Imperativo buscar o
incógnito que tanto almejo.
Ponderada, coloquei em minha
frente a carga que me acompanhava e ao analisar com critério o que se
apresentava percebi com clareza que o maior volume não constava de objetos
físicos que eu havia recolhido às pressas. Curiosa e alerta resolvi abrir
aquela maleta antiga de couro sovado. Nela eu havia guardado todas as
lembranças, boas e outras nem tanto. Escrutinando o manancial de assuntos
remotos pesou sobremaneira meu espirito que tombou em desalento.
Delicadamente depositei em um
altar improvisado na beira do caminho todo o peso que eu sentia, orando ao Pai
Eterno que enviasse os Anjos de Luz para resgate. Neste momento surgiu
brilhante no horizonte o túnel do Novo Tempo. Aleluia.
Um comentário:
Boa tarde.hoje tive o previlegio de ter acesso a mais uma publicacao de de mais uma de sua cronicas.Vera Renner,nao conseguifia aqui descrever mas posso dizer que ler Vera Renner e no minimo estigante e uma otima leitura e reflexao.obrigada a ti Vera e tidas apesdoas e com sias esplqanacoes tocam nossos voracoes e a cima de tudo nis fazer para ler e pensar de forma tao agardavel e unteligentemente colocadas
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