O dia recém começou, minhas ideias
acontecem ainda mareadas pela escuridão da noite com seus assombros, pontuados
com capricho pelo meu corpo físico muito bem guiado pelo espírito que parece
não se importar com a premência de um sono profundo, que não alavanca nada de
importante, que não lembra coisa alguma relevante. Simplesmente me deixe estar,
ficar ali, à mercê do silêncio de Deus.
Os pensamentos, na sequência
da modorra do tempo se aguçam timidamente, justo no momento inaudível parecendo
ter a intenção de despertar, de atiçar,
de jogar o dia que teima em nascer, que busca
a luz da paisagem, que insiste em chamar a natureza, a fauna, o mar, a areia ,
o sol e o vento a fazer parte.
No entanto o movimento não acontece
como o previsto, as ruas não se movimentam como normalmente, a luz do sol surge
apagada e sem quentura, o vento esqueceu de abrir as asas, o mar recuou e
silenciou, a bicharada se escondeu, as gargantas apenas fazem movimentos
caricatos e fenecem sem voz.
A vida parou de repente
deixando todos os seus atores à mercê de si mesmo e de seus íntimos pensamentos,
fazem parte aqueles que andam de lado dentro da alma para não serem vistos, os
fatos que jazem escondidos nas gavetas lacradas da alma, se inclui os
acontecimentos relegados ao esquecimento e as farsas brilhando desnudas com as
verdades inundando o pensamento mais obscuro.
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