O dia amanheceu cheio de efeito que em conjunto uníssono vem beirar a minha janela, mágica por essência da natureza que se descortina generosa em todas as pontas, trazendo até mim, quer queira quer não, o que se passa lá fora. Por aqui o trinado de todas as raças se confunde com o lufa lufa do vento calmo - por ora - compondo um orquestramento entre o som do arvoredo tão estridente que custa até a se entender o que se está pensando.
Melhor acertar o prumo da observação e continuar neste lúdico jogo de alcançar o que passa no vazio do tempo que se descortina oferecido e generoso a alternativas mínimas.
Necessário aquiescer uma posição de alerta máximo porque no limite do que se faz o entendimento lá de fora com nuances de tão perto e tão longe poderá se descortinar a rotina iniciada pela natureza, ela, sempre ela. Vem com força da luz inspecionar a figura e o movimento que segue lento sem entender direito qual o rumo tomar, de certa forma aparelhando-se com o clima de paradeira e de pura devoção sobre o que acontece a partir da abertura deste lugar.
Por ali sempre se descortina
o incentivo aos sentidos iniciando muitas vezes apenas pelos aromas marítimos que
norteiam o restante obrigando o abrir dos olhos, até então em suspenso, para
conferir o que ele quer dizer. O perfume do outono na beira do mar invade sem
restrição as narinas de bichos e homens querendo dar o recado silencioso da
comunidade mar, sol e arvoredo que estão para sempre juntos. Resta apenas
sentar e usufruir da cantilena inequívoca do lugar que busca ensinar que baixar
o resfolego da vida dura se faz necessário, dia após dia, de sol, de chuva ou
de vento.
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