quarta-feira, 24 de abril de 2019

Uma ou muitas



Desta feita,  ser surpreendida com tantos símbolos de abertura, iguais no propósito e diferentes em seu contorno percebi que ali estaria uma boa oportunidade para abrir um norte honroso para esta mixórdia que anda rondando meu circuito ultimamente. Uma chave de fuga com missão de resgatar ou de aliviar dúvidas, paranoias e uma múltipla escolha de situações aborrecidas e que se mantem a certa distância me incitando a desaferrolhar o que incomoda.

Imperativo escolher com calma a chance que se pendura frente à oportunidade ímpar de vasculhar quantos ferrolhos são necessários para descobrir os fatos adversos que devem estar bem guardados, quiçá em cofres interpostos.  Fechaduras são todas iguais no seu conceito, no seu propósito e na sua engenharia. Os criadores de tão importante componente esmeram-se com rigor para imprimir o melhor segredo, que não seja assim tão fácil de ser desvendado, havendo uma aura de mistério e culpa se insurgindo neste quesito.

Os cofres que aprisionam meus assuntos parecem estar em alguns recantos, talvez um dentro de outro, me sugerindo que terei de penar para puxar a insanidade que o destino confeccionou com tanto rigor. Vou tirando da memória acontecimentos que se revelam como espinhos de flor escondidos em sua beleza mas algozes no ferimento, conversas que parecem chegar a um bom termo, porém se arruínam nem bem o prólogo iniciou, acontecimentos promissores em sua essência e que se esfarela no andar da carruagem, a confiança que tão rapidamente se aportou se parte como um cristal por quase nada e poderia haver muitas outras historias encerradas a chave. Decido ser cuidadosa com o meu sentir e por este motivo irei me servir daquela clave que irá abrir a caixa preta de assuntos promissores porque percebi que os de antanho não terão serventia.

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