A escolha parecia adequada
para aquele momento, mas nunca se sabe ao certo se vai dar ponto ou se será um
ponto sem nó ou, pior, se vai se abater uma contramão que derreterá todas as
boas intenções. O propósito sempre vem do bom agouro, da intenção de se estar
no caminho certo.
As oportunidades vão
surgindo e são consumidas como se fossem a única porta aberta, o vão salvador
da temporada e vem com lotação esgotada de esperança, de desejo de não ser
esquecida, da vontade de superar a si e a todo o passado, responsável pela
montagem do presente.
Como um joguinho de lego,
as escolhas vão sendo feitas, ora montando fantasmas, ora se espalhando em
blocos coloridos difíceis de combinar entre si desafiando a boa vontade de
qualquer um e, mesmo assim, o resultado não aparece emergindo deste caos
aparente e o inesperado desatino em relação ao que se esperava.
O tempo vai sendo preenchido
de pequenas esperas, entremeadas de doces lembranças, de pedidos em sussurro de
perdão pelo suposto mal feito, do alongamento das preces ao cair da noite, da
elevação do pensamento, da solicitação de esquecimento das perfídias
involuntárias. O caminho oculto está sendo trilhado um pouco sem destino, outro
tanto temeroso e mais precisamente, angustiado.
As tranças de linhas invisíveis
se cruzam como se desconhecidas fossem, e talvez o sejam, porque de um lado um
convite em aberto e de outro o descaso não conseguindo estes dois antagônicos
desejos se encontrar. A grande dúvida aparece e insiste na pergunta: O que foi
agora?
Um comentário:
Pura sensibilidade !!!! Parabéns
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