Eu
não conseguia vislumbrar um tempo mais útil ou inútil que se alongasse para que
eu pudesse dar conta da faina histérica da vida de hoje que urge em todos os
sentidos ou, mais precisamente, ruge, como um grande animal feroz a nos morder
o calcanhar sem piedade. Então, voluntariosa, tranquei o passo e fui espiar o
entorno pé ante pé, sem fazer muita graça e rebuliço.
Escolhi um tempo não contado em horas, mas nas
emoções e no desatino da descoberta daquela vida amordaçada que corria paralela
a minha existência real. E assim deixei que as últimas horas e dias minha mente
flutuasse por aí, sozinha e sem rumo, se engraçando com a fantasia deixando
para outra hora a volta. Se eu tivesse sorte talvez não mais voltasse a mim e
perduraria este clima translúcido que somente nós mesmos podemos nos
ofertar. Diverti-me muito ao passear por caminhos novos atraindo ao
meu dia a dia resoluções pueris que me brindaram com um novo olhar para o
velho.
Um comentário:
Vera Lúcia:
Lindas as tuas crônicas, com as quais enxergo, muitas vezes, o meu eu interior. Em alguns momentos, encanto-me e volto no tempo; em outros, a melancolia percorre o meu espírito. Porém são sensações que alimentam a minha alma e me fazem seguir mais fortalecida.
Obrigada pelas palavras tão bem colocadas!
Quem sabe este ano possamos nos encontrar juntamente com a Sílvia. Saudade de vocês!
Bj,
Regina Simões
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