Eu o conheci em meio a tantos outros
desconhecidos, porém, o que me chamou a atenção foi a fleuma e a intensidade
com que se expressava, se organizando nas falas de forma cordial agressiva se
revelando inteiro nas histórias.
Obviamente, emergia com tal alarido dentro do grupo que ficava difícil
não lhe prestar a atenção.
As narrativas escorriam do bocal tal qual
babugem de animal selvagem com natureza de erradicar o lhe vem de dentro. No
caso da besta fera uma vida transformada em irradiosa e barulhenta narrativa.
O celerado não podia ver platéia de dois e já pulava no palco
para se apresentar, mesmo que ninguém tenha lhe convidado. É seu jeito de ser
no mundo, sempre com destaque e ferocidade onde a simpatia e o carisma se
confunde com o exibicionismo e a carência.
Diabão mergulha de olhos abertos em mares, lagos, rios e
arroios lamacentos uma vez que a escuridão não lhe amedronta. O desafio se
esvanece com porrada na cara.
O insano que eu conheci é um cara absorvente, de simpatia
ilimitada, de humor inigualável e risada fácil escorregando feito lontra por
entrevidas.
Sempre um adorável
pavio curto entrando em cena.