Controvertido e foco da ansiedade o tempo é
nosso dono real e sob seu jugo organizamos todas as tarefas sejam elas fáceis
ou difíceis. Até para amar precisamos dele. E por este motivo ele brinca com
todos nós quando resolve empacar como uma mula nordestina no meio da caatinga.
Eu não tenho talento para estar sob o comando de nada nem
ninguém. Não sei se é bom não sei se é ruim. Mas é assim. Atabalhoada e
impaciente, então, corro à frente do tempo e lá adiante, estanco e olho para
trás. Lá está ele, soberano e sem nenhuma pressa. Dando voltas e voltas sobre
si mesmo fazendo todos pensar que o tempo parou.
O danado, inconstante como os ventos que sopram de todos os
cantos nesta primavera, brinca de concluir aquilo que estamos propondo com
tanta veemência e resolve que não será naquela hora nem daquele jeito que as
coisas andarão. Sorri pra mim, insinuante e sedutor, porque é claro que um dia
ele chegará para dar sua benção final à tarefa inconclusa.
A vida do tempo não é fácil e por este motivo ele se parece
com um cara inseguro que não toma decisões ficando, às vezes, em cima do muro,
acuado. Fico observando e me parece que lhe falta coragem para dar cabo das
angustias de seus pedintes endoidados que precisam dele para realizar. Ora.
O tempo tem seu próprio
tempo.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Tempo
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