domingo, 18 de abril de 2010

Palavras


Inócuas, muitas vezes, mas sempre tão o tom. A nuance de todas ditas ensombrece ou ilumina nossa intenção ao proferi-las.

O som do vocábulo nos impulsiona a buscar na inteligência significados, para explicar, esclarecer ou contar alguma coisa.

Uma questão de sobrevivência abrir o verbo e largar em tantas direções. Lá se vão aos gorgulhos bafejar o ouvido de alguém ou ferir os olhos aflitos que conferem um texto.

Próximos ou distantes o alvo da nossa expressão será atingido. Podem ser letrinhas primorosamente digitadas ou falas arrancadas de lábios amorosos ou raivosos, todas tem destino certo.

Comunicar é a nossa intenção.

Mas, as palavras se confundem no meio das emoções que podem ser desencontradas, inadequadas para o momento ou simplesmente, sem valor a quem vá ouvir ou ler.

Podem ser difíceis de serem entendidas, e nossa intenção vira conversa de louco, um dizendo uma coisa e outro entendendo outra.

Um vai e vem de emoções e letras que se desencontram e saltam em todas as direções como dardos ferinos.

Ferimentos de palavras são incuráveis.

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