quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Refém


Ele tinha penetrantes olhos negros. Como um fundo de alma desconhecido.

E assim ele era para mim.

Uma incógnita deliciosa tentando se revelar a cada vez.

Escorregando para dentro de mim sem pedir licença.

E os véus do mistério vão se desnudando no inconcebível daquele olhar.

Aprofundado de tantas palavras não ditas, de tantos impulsos represados as esferas negras rolam sedutoramente...

Buscando safar meu pensamento,

Arrancar meus segredos.

Salvar meu coração do vazio.

Me jogar no limbo da felicidade.

Tão real, preciso fugir.

Esferas roubadoras de alma.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hoje eu tomei um "porre" de crônicas de Vera Renner. Li, reli, ri, pensei, suspirei. Me senti provocado, desafiado, representado, aliviado. Bom sentir tudo isso. Será que crônicas servem para isso??? sei lá.....O triste, porém alegre disso tudo é que acho que definitivamente perdi minha companheira de pedal. Em compensação ganhei uma aprendiz de escritora cada dia mais envolvente e capaz de transformar observações do cotidiano em textos "vivos".

Beijos e parabéns!!!
Eduardo

A propósito, gostei da "Vera" OFF (achei tua cara) ....

Lélia Lima disse...

Oi Vera!!!

Nesta crônica faltou dizer:

"me chama de Google e diz que encontrou tudo que precisava, estavas com sorte!!"

Foge não...

Belas crônicas, como sempre, parabéns!!!!

Abraço,

Lélia

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