
A expressão “eu não consigo” tem me visitado muito, ultimamente.
Para meu total desagrado é claro. Quem quer ouvir ou pensar neste termo? Ninguém. Bate na madeira três vezes.
Verdade seja dita, se alguém, hoje em dia ousar falar a dita cuja expressão é carta fora do baralho, não quero nem ver o que tem o infeliz pra dizer.
Desgraçado que não consegue.
As aceitações para tudo proliferam na vida doméstica e profissional, nos mantendo alertas e sagazes na solução e resolução de tudo.
Rapidamente porque a vida não espera. Nem permite.
E as variantes vão acontecendo com nosso esforço hercúleo na dominação. E pensamos estar super corretas, porque, afinal, ficar à deriva não favorece nossa carreira, nossa família, amores e amigos.
Estou aqui trocando orelhas com o tal do “eu não consigo”. Tão criticado.
Me rebelei, só para variar de mim mesma que sou fora da casinha, muitas vezes.
Estou pensando que a expressão é de uma profundidade inequívoca e também de um raro recurso.
É maravilhoso dizer “eu não consigo” com toda a veemência, com a certeza de ser incapaz.
Seja de enfrentamento, de descarte ou de encontrar.
Então, resolvi:
Enfunei as velas da minha vida e aproveitei o vento!