quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vou... não vou...Vou!


No brete, montada e agarrada no dorso da ocasião, olhando para frente, não enxergo direito para onde me chama a vida. Mas eu sei que é lá adiante. E que alguém está me esperando, ou, se não é alguém, é alguma coisa.

Mas é.

O entorno deste confino comprime o coração na razão que imediatamente se subjuga sem forças para lutar. Corra e vá ver o que te espera.

Abafada nos avisos de perigo, do futuro incerto, do improvável, firmo pernas e punhos no sonho.

Solto as amarras cerebrais do brete tal qual uma amazona das oportunidades.

Arremeto todo meu ser e disparo.

Para aquele lugar, que ao chegar, parece ser lugar nenhum.

Lugar de ninguém.

Sem as flores imaginadas.

Sem as sombras da natureza.

Sem a presença do amor antigo.

Sem o calor do abraço.

Sem as promessas.

Sem o futuro garantido.

Aí, me dei conta.

Arremeti, e encontrei a esperança.

4 comentários:

Anônimo disse...

Vera
Estou no sala vip do aeroporto de sp e fiquei impressionado com essa cronista cheia de inspira;áo.
O tempo de espera esta passando mais rapido e agradavelmente poetico!!!!
PARABENS!!!
Bjsss.
Gelson

Eduardo Lara Resende disse...

Encontrar a esperança depois de tudo... Muito bom.

Abraço.

Anônimo disse...

Adorei Vera...mais uma vez parabéns!!!
bjus Claudia

Anônimo disse...

Verinha adorei a crônica vou não vou.. vou . é meio selvagem e poética ao mesmo tempo, tua cara. Bjos.
sandra nobre

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