sábado, 12 de setembro de 2009

Sorry



O perdão lembra religiosidade. Sempre. E romance, cinema, letra de música.

A língua afiada dispara, muitas vezes, como metralhadora giratória em momentos que nem são favoráveis e o perdão aparece na circunstância. Aí, que fazer, temos que admitir o exagero e voltar atrás, mas a palavra nunca é perdão. A palavra que vai te dar a redenção do mau, será outra.

Circulamos em volta do perdão, às vezes até odiando ter que fazê-lo. Tropeçamos na voz, no gesto, fortuimos o olhar pra longe para dar impressão de estar arrependido. Nem sempre estamos. Ser sincero é bom demais e voltar atrás é desdizer de quem somos, do que pensamos e dizemos.

Não deveria haver perdão.

Feito o mal, siga e faça o bem. Assim serás perdoado pelo universo.

Tenho pra mim que ninguém se arrepende de nada. Voltar atrás só em último caso e vamos nos dando conta que um pé na acusação e outro na redenção, é o normal.

Redimir-se vale nossa alma, ela sim, maculada por ter passado dos limites com o outro, jaz ofendida. Ferimos a nós mesmos ao fazer a desavença. E somos nós que purgamos nosso pecado. O que mais vale na situação conflituosa é perdoar si mesmo, por sermos tão imperfeitos e
tão soberbos.


Um comentário:

djalma de souza disse...

ESCLARECEDOR


Se tivesse lido antes a sua cronica acreditaria que houvesse sido uma "transmissão de pensação" se comparada ao que escrevi.


Isto talvez seja sintonia, apesar dos ruídos existentes na transmisão.


VAMÔ QUE VAMÔ!

A espreita

  Valter havia acordado cedo naquele dia porque estava pensando na Maria Estela, aquela moça da esquina que lhe chamava a atenção por ser – ...