quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Frouxos de riso


Acho que entristecer faz parte da vida e uns mais, outros menos, vão penando pelo mundo seus infortúnios. Quase nunca é tão sério para tanto sofrimento, mas... que fazer se a alma não pergunta? Obedece ao nosso ímpeto ora mais pra cima ora mais pra baixo.

E acompanhando nosso espírito lá vai nosso corpo físico que maltrata o coração que bate devagar, apertado, quase inaudível e com o mínimo esforço. Seguem uníssonos ao coração, os músculos, as juntas, a pele, as vísceras, os neurônios e lá estamos nós feito um “pote até aqui de mágoa”....

Até que um belo dia, qual computador reformado, ligamos rapidamente, a tela se ilumina e estamos online em banda larga. Alerta cuidadoso porque nossos sentidos tão apagados começam a voltar. E reaparece o paladar, os olhos ficam mais vivazes, os cabelos andam mais soltos, a luz do inverno parece que está indo embora. O inverno da alma. A tristeza vai pulverizando no ar lentamente dando lugar ao bem estar e a conformidade em deixar a vida andar, trilhando seu caminho surpreendente.

O riso, a risada frouxa, há muito deixados para trás torna-se fácil armadilha para uma piada boba invadindo nosso corpo moído, soltando as amarras. E frouxos de riso parecem loucura momentânea, esgarçando o rosto em lágrimas que rolam em gargalhadas incontidas. Aí você vê o quanto esteve calada e sombria nos últimos tempos.

Pois é...o sofrimento aparece para todos e engrandece, expande a alma e nos faz crescer..O riso vem compensar o tempo perdido e tirar as rugas que já estavam chegando na alma!

Tenha frouxos de riso por nada que a alma agradece.....Já perscrutei rostos além do meu próprio e todos tem a mesma resposta e em todos vejo a mesma coisa!

2 comentários:

Anônimo disse...

Vera
No momento que li o RISO FROUXO logo me reportei mentalmente para nossas manhãs na academia.
Ali, inváriavelmente conseguimos rir como se fôssemos crianças novamente. Sem mêdo de parecer ridículas colocamos nossas alegrias e tristezas para fora e num grande afago voltamos ao equilíbrio graças ao carinho da amizade descompromissada;diga-se que não temos a mínima vergonha de um grande abraço e de um "bom dia" fervoroso- é que a partir dali o riso corre frouxo.
Entendi e me identifiquei com a sra que com suas roupas surradas mas elegantemente feliz ela se nutre de segurança com valôres apropriados pela sua maturidade.
Nada melhor que valôres condizentes com nossa idade, pois ele nos deixa leve, felizes, incrivelmente belas (que minha modéstia não me deixe mentir) livre de obrigações desnecessárias e posturas rígidas. Não existe mêdo e sim a confiança de que o Universo foi generoso nos dando o tempo suficiênte para que pudessemos aproveitar esta liberdade.
Nossos momentos são sublimes, sempre é início de dia promissor - cultivarmos o bem com aqueles que de uma forma ou de outra não têm a mesma felicidade de acordar e saber que estão quites com o Universo. Então nós de uma forma generosa cobrimos-lhes de energia positiva lhes lembrando que alegria existe e felicidade também é só ter a humildade de se entregar ao riso frouxo.
Adorei e faço questão de compartilhar contigo de mensagens tão ricas.
Continues assim nos dando o privilégio de tuas diversas opiniões de vida.
Te abraço carinhosamente
Berenice Zanette
Continues assim nos dando

Anônimo disse...

Belo texto! Parabéns!
Juliana - Teresina

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