domingo, 27 de julho de 2008

Bolor – louca introdução de domingo em Porto Alegre



Nos domingos invernais sou muito parecida com um edredon, com uma manta, com uma cobertinha....Não salto da cama... apenas deslizo mansamente até o chão onde me transformo numa pantufa cafona que se arrasta através dos tapetinhos até a cozinha sonhando em ser uma cafeteira.

Fumegante e preguiçosa, como cafeteira vou me tornando viva levemente pensante e já passo a ser um robe chambre cor creme, quase um rôlo, mas ainda uma coisa.

Ainda não sou gente nesta fase porque a mente enevoada e lenta custa a precisar que dia do mês da semana e ano estou e o esforço baixa minha energia de pilha não carregável ainda mais.

A atmosfera úmida gruda meus pensamentos e me conformo em ficar ali flanando pela casa esperando o timing inicial do dia bolorento passar.

(Esta introdução é em homenagem a Ana da Do Tambo que odeia inverno como eu e fez comentário muito carinhoso no blog)

4 comentários:

Anônimo disse...

Hehehehe
Bem assim....

Poti Campos disse...

Perfeita, Vera. Eu sou da pequena turma que gosta do inverno. É no frio que me sinto bem. Passo mal no calor. Mas conheço muita gente que vai se achar nesse belo texto.

Anônimo disse...

que boa surpresa!!!
como estás escrevendo bem....leal mesmo.
bjs
Ângela Puccinelli

Anônimo disse...

Vera,
que coisa boa ler tuas crônicas, uma atrás da outra, não dá vontade de parar. Qualquer hora elas vão mostrar mais alegria. Ela já começou a aparecer. Pelo jeito, resolveste a questão! Escreves em abundância. E muito bem! Será que precisas fazer aquela oficina
da Palavraria?
Beijos.
Maria Rosa

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