O desafio naquele dia se encontrava
em um certo aperto ao redor, um sinal vermelho para o movimento, um gradeado
inusitado e sem propósito alçando os ambientes do entorno, um certo medo de
tudo ou quase tudo levando ao encarceramento da vontade, do sorriso, da
conversa deixando este dia em modo de espera desesperador.
Segui enclausurada dentro de
mim e apesar do esforço hercúleo em me livrar do aprisionamento mais me
enredava na teia pegajosa e invisível que abarcava além de mim o mundo ruidoso ao
redor que agora teimosamente se imiscuía de afrontar o silêncio imposto por uma
aparente ordem de vida desconhecida.
O olhar vagava lento e interessado
em buscar na visualização a resposta para a paralisia circundante sem êxito. Dei-me
conta lentamente que os impedimentos que me cercavam não tinham autoria, não
vinha de nenhuma voz interior ou do além, não havia nenhum exercito barrando os
caminhos, inexistiam muralhas intransponíveis e tampouco vozes expressando
palavras de ordem.
Ergui a cabeça mirando pela
primeira vez, depois de iniciado o estupor que me envolvia, o firmamento, que
lá se encontrava impávido e misterioso iluminando a escuridão com toda a
galáxia a seu dispor. Me pareceu que estava mais do que na hora de acordar do
pesadelo, alçar voo e seguir na busca dos caminhos desconhecidos.
Um comentário:
Boa tarde.aqui estou me maravilhan me deliciando devagando e me encontrqndi nas palavras de vera Renber que sempre me encantam com sua explanacao tao sensivel e de forma que me coloca a pensar voar e sonhar sem sair do lugar .obrigada vera por mais essa criacao.realmente um presente ler o que escreves
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