O protagonista acha que a vida cansada pede
trégua e vai ao encontro de Deus junto ao mar revolto imaginando agradecimentos
e preces deste tempo contraditório em sua essência, onde se escuta de longe as
vozes emboladas no discurso e as gentes no corre corre para lugar nenhum.
Em meio a tudo foi esquecida a lupa do
discernimento em alguma prateleira que tanta falta faz para uns, mas para outros,
não tanto. No redemoinho da oração do apressado aparece todo tipo de ensejo
deixando alguns mais óbvios para mais tarde e desta maneira controversa caem no
esquecimento, demonstrando que nem sempre a santa intenção opera a pleno.
De cara não se vê descrição adequada para pedir
perdão por haver se encontrado com o egoísmo frente a frente e lhe dado balda e
assim, esta pequena parte foi relegada e seguiu-se em frente o plano para dar
uma limpada básica na alma que, de tanto se distrair com o irrelevante surge
bem trancada para alguns.
Também não houve jeito de sorrir para quem
estava acostumado a fechar a cara, ouvidos moucos se fizeram para o amigo que
sussurrava um pedido de socorro, cegaram os olhos frente aos préstimos
voluntários, braços se fecharam ao aconchego, caminhos foram desviados para não
ajudar quem necessitava, sorrisos não foram abertos, a luz não se fez na
escuridão da doença e os favores recebidos não obtiveram gratidão e deste jeito
apressado a pauta para Deus ficou capenga. Deste jeito dá uma pinta que fica
mais fácil descartar o que vem de trás para frente do que mudar ou pedir
desculpas ao próximo e até para si mesmo ficando invisível o mais importante.