Sempre que eu me permito
penso nele. Aquele amor que eu colori por dentro com todo o cuidado como se
fosse para sempre me aquecer, uma vez que o amor guardado a sete chaves possui
uma quentura infinita nas abas da
discrição. Uma preciosidade deve ser guardada no cantinho do coração e eu
cumpro com este compromisso sempre que posso.
Desta feita, não estou podendo,
porque é muito divertido espiar este vivo avesso coberto com o sigiloso manto
negro. Ademais, ando solta, à deriva, mente alhures, irresponsável.
E lá vou eu a lembrar das
tantas alegorias secretas que permearam aquele romance que não aconteceu. Que
bom, pois agora me permito a elocubrar o que teria sido, com toda a pompa e
circunstância do imaginado.
E os “se” invadem a tela
afoitamente porque da dúvida foi construída uma estória e dela eu me alimento
até hoje, com muita alegria, porque o prazer de inventar é muitíssimo
engraçado.
A fábula começa quando eu
lembro que sempre que ele adentrava o cenário meus olhos se enchiam de animação
e termina com o inusitado convite acompanhado por um olhar azul, antes da
cerimônia.
Recusei a aventura e me
instalei no possível. Boba boba.