Na vida de cá foram muitas histórias
misturadas, muito passa passa e agitação, sempre entremeada de falas intensas
com recordes de animada conversalhada, não importando muito com quem, nem
discriminando o ouvinte. Nem sempre se pode calar e nem sempre se pode falar e
uns e outros se vão pelo caminho transformando a si e aos outros em impotentes
interlocutores.
E não foi diferente desta feita na reunião de muitos para o
adeus.
Há sempre o imbróglio inicial com o olho apertado no
reconhecimento e nesta hora as histórias se misturam e se entrelaçam qual teia
implacável da vida de cada um.
Fios de seda invisíveis unem os personagens que vivamente se
alternam contando suas histórias recentes, uns tentando pular o passado
mostrando o presente glorioso, outros na busca de demonstrar importância
recente exacerbando emoções que de tão intensas se desvendam fingidas.
Na trama enredada figuram sentimentos aflorados por todos e
muitos motivos e a reunião acaba exaurindo todas as possibilidades de perdão
chegando a hora do “para sempre’.
A família, altaneira em sua essência e impávida como lhe é de
costume em tais situações a tudo observa e, um pouco sem alternativa, vai
timidamente revelando a alegria do passado em família e da triste despedida
sincera de todos e apenas, eles.
Caixão fechado.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
domingo, 4 de dezembro de 2011
Adeus
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