Naquele momento tudo estava normalizado no
trato da vida, das coisas, do entorno e mais um pouco, porém havia algo no ar,
um peso que se esgueirava por entre todos somente perceptível a muito poucos.
Sabe como é a superficialidade é sempre um porto seguro para a turba delirante
porque aprofundar dá muito trabalho. Sabe-se que a manada segue tão junta, seguindo
pela mesma trilha sem questionar, sem olhar enviesado, sem parar um poucadinho
para escutar o que não está sendo dito e deste jeito engraçado – para dizer o
mínimo – tudo vai indo de maneira monitorada às avessas tendo os cegos de
plantão a prioridade da fala.
A apresentação vem enfeitada com a flor da
retórica impressionando pelo conhecimento apesar de alguns poucos desconfiarem
de um copia e cola tão corriqueiro nestes tempos bicudos de autoria, onde fica
mais fácil se apropriar do pensamento do outro do que tecer um pensamento
lógico que tenha como objetivo deitar entre muitos suas convicções, sem
ofender, sem tergiversar, sem acusar. A escrita é mágica e a palavra é um meio
imbatível de se acomodar o entendimento num universo de ambiguidades.
Na bossa do mentor de araque vão se
acumulando controvérsias e ações ambíguas ficando difícil para espíritos mais perceptivos
terem exata dimensão do assunto em questão. A par de tudo o desconforto
prossegue no ar rarefeito do espaço. Os especialistas falsos tem em si uma
figura bem apresentada, passo curto, sorriso leve na boca, olhos pequenos e
verborragia latente. Se oculta com maestria das responsabilidades comuns ao
grupo. Como o UNIVERSO não dorme no ponto, em algum momento sua retaguarda rota
é exposta. Mais um Herói Fajuto.